Vargeão teve seu início por volta de 1938, onde chegaram os primeiros colonizadores oriundos do Rio Grande do Sul em busca de terras férteis, através da Colonizadora Angelo De Carli, Irmão & Cia, que demarcou as terras através de Tomás Pitharka, agrimensor e Luiz Antoniutti, gerente regional, ambos de Joaçaba. A grande várzea existente no local deu origem ao nome ”VARGEÃO”.
O primeiro colonizador que chegou foi Fortunato Danielli com seus filhos Jacinto e Mamante, posteriormente vieram suas famílias. Fixaram residência também, Isidoro Fiorini e sua esposa Helena, a qual foi uma das primeiras mulheres que aqui chegou. Em seguida João Batista Berté e seus filhos. Também as famílias Piovezani, Camilotti, Frozza, Basso, Pavan, Capelina, Assolini entre outras que iniciaram o desbravamento e a colonização. As mesmas se alojaram num barracão, onde hoje se encontra situada a sede do município, até construírem suas próprias casas.
Os primeiros colonizadores gaúchos de defrontaram com algumas famílias de caboclos, instituídas como posseiros de pequenas propriedades.
Os colonizadores vieram com a finalidade de desenvolver a agricultura, mas encontraram tamanha riqueza em madeira que alguns resolveram explorá-la, dando início às primeiras serrarias. A agricultura começou a se expandir com as principais atividades agrícolas na produção de trigo, milho e suínos, com isso se instalou um moinho colonial onde industrializava parte dos produtos produzidos pelos colonos.
Na indústria além das madeireiras e do moinho podemos destacar uma olaria que produzia telhas e tijolos e uma fabrica de móveis e também contava com uma pequena casa de comércio conhecida na época por “secos e molhados” por vender um pouco de tudo. Um barbaquá para erva-mate, também com um modesto hotel e uma carpintaria.
Aos poucos se iniciou a expansão do comércio, a exploração da madeira e a industrialização da erva-mate, caracterizando o início das atividades de sustentação econômica.
A primeira professora foi a Sra. Guilhermina Mattes Parizotto que chegou em 15 de janeiro de 1939, onde iniciou logo com a tarefa educativa num espaço improvisado.
A primeira Igreja foi construída em 1945, também através de mutirão comunitário. O primeiro Padre foi o Sr. Luiz Heinen.
O segundo Padre foi o Cônego Willibaldo Grünwald, que assumiu em 24/01/l955. Nascido na Alemanha veio para Vargeão onde ficou até seu falecimento em 23/01/1996.
A primeira Escola foi criada no dia 12 de março de 1950, chamada Escola Reunida Professora Ondina Pinho, tendo como professora a Sra. Guilhermina Mattes Parizotto. A referida escola era uma espécie de associação mantida pela comunidade.
Com o desenvolvimento e o progresso sob a Lei Nº 24 de 16 de fevereiro de 1959, a Vila era elevada à categoria de Distrito, ainda pertencendo ao município de Faxinal dos Guedes.
Em 16 de março de 1964, se desmembrou do município de Faxinal dos Guedes, conquistando a emancipação pela Lei Estadual nº 954/64, tendo a sua criação e instalação oficial em 21 de abril de 1964, tendo como Prefeito Provisório, Bruno Henrique Bracht
Bruno Henrique Bracht, José Antonio Bonan e João Sponchiado foram os vereadores que faziam parte da câmara municipal e votaram o Projeto de Lei para a criação do município de Vargeão.
Romildo Isotton foi o Primeiro Delegado, depois que Vargeão tornou-se município, nos anos de 1965 e 1966.
No município, os Símbolos Municipais são a Bandeira e o Brasão.
O Brasão do Município foi instituído pela Lei Nº167, de 31 de Agosto de 1973.
A Bandeira do Município foi instituída pela Lei Nº 168, de 09 de Novembro de 1973.
Com a Lei Nº 8.489, de 18 de dezembro de 1991, ficam anexadas ao Município de Vargeão as localidades de Linha Gramas, Copinha, São Brás e Marini, desmembradas do Município de Abelardo Luz.
1º Prefeito –(Provisório): Bruno Henrique Bracht Foi o primeiro Prefeito do município, durante um ano e 7 meses (21/04/1964 a 15/11/1965). Criou o Colégio Fioravante Massolini, atualmente Escola de Educação Básica Kyrana Lacerda.
2º Prefeito – (Eleito): José Antonio Bonan Foi eleito primeiro prefeito através do voto direto na gestão 15/11/1965 a 31/01/1970. Foi vereador por duas legislaturas no município de Faxinal Dos Guedes. (Não houve Vice-Prefeito). Em sua legislatura atuaram como vereadores: Mamante Danielli, Albino Tiecher, Ângelo Boff, Romano Frozza, Alcides Gubert, Antonio S. Sponchiado e João Sponchiado. Foram suplentes: Francisco Parizzoto e Antonio L. Zanuzzo.
3º Prefeito: Mamante Danielli Elegeu-se prefeito e assumiu de 31/01/1970 a 31/01/1973. Teve como Vice-prefeito Antonio S. Sponchiado. Foi um dos sete primeiros vereadores e também o primeiro Vice-presidente da Câmara de Vereadores. Os vereadores que assumiram foram: Lovino B. Danielli, Valdomiro Danielli, Ângelo Boff, Romano Frozza, Armando Schmidt, Pedro Gubert e João Sponchiado.
4º Prefeito: Antonio Steffens Sponchiado Elegeu-se prefeito para o período de 31/01/1973 a 01/02/1977. Seu vice-prefeito Ângelo Boff foi o primeiro Presidente da Câmara de Vereadores e assumiu a Prefeitura Municipal por um período de 30 dias, quando projetou a construção do Colégio Fioravante Massolini. Nessa gestão assumiram como vereadores: Lovino Danielli, Albino Tiecher, Domingos Bonai, Romano Frozza, Armando Schmidt, Pedro Gubert e João S. Sponchiado. O suplente que assumiu foi Ortelino Cousseau.
5º Prefeito: Albino Tiecher foi prefeito de 31/01/1977 a 01/02/1983 e teve como vice-prefeito Marcos Bison. Foi vereador por duas Legislaturas. Na câmara de Vereadores assumiram: Moacir Luiz Salvi, Domingos Bonai, Jorge Baggio, Albino Gubert, Romano Frozza, Vitório de Marco e Ângelo Boff. Os suplentes que assumiram foram: Claudino Gubert, Luiz V. Berté, João Sachetti e Sérgio Rizotto.
6º Prefeito: Anelsi Cézar Danielli teve como vice-prefeito Moacir Luiz Salvi e assumiu em 01/02/1983 a 01/01/1989. No Legislativo assumiram: Osório Gubert, Celso Cavalheiro, Domingos Isotton, Romano Frozza, Hilário L. Cristófoli, Alciro Bertol e Aracy G. Palla. Como suplentes: Oscar Vieira dos Santos e Pedro da Silva Neto.
7º Prefeito: Moacir Luiz Salvi assumiu a prefeitura em 01/01/1989 a 31/12/1992 e teve como vice Valdemar Lorenzetti. Nessa gestão, assumiram como vereadores Celso Cavalheiro, Valdemir Ângelo Westerich, Alciro Bertol, Jaime L. Cousseau, Reinaldo Sponchiado, Espedito Boniatti, Itamar dos Passos Vieira e Loiro Angonese. Ficaram como suplentes Oscar Vieira dos Santos, Juraci Gregianin, Neudi C. Frozza, Euclides B. Conte e Germano Moretto.
8º Prefeito: Valdemar Lorenzetti foi prefeito no período de 01/01/1993 a 31/12/1996 e teve como vice José Antonio Bonan. No Legislativo assumiram Celso Cavalheiro, Juraci Gregianin, Alciro Bertol, Jaime L. Cousseau, Oscar Vieira dos Santos, Favarino da Silva Ribeiro, Erony Salete Bonan, Anelsi C. Danielli e Antonio Bonai. Os suplentes foram: Reinaldo Sponchiado, José Gubert e Nestor Angonese.
9º Prefeito: Anelci Cézar Danielli volta ao cargo de prefeito em 01/01/1997 até 31/12/2000 e teve como vice Hilário Cristófoli. Na Câmara de vereadores assumiram Albino Tiecher, Amarildo Paglia, Alciro Bertol, Dilvan C. Palla, Dirceu G. Gubert, Noeli dos Santos, Juraci Gregianin, Sezer C. Bronoro e Osmar Marini. Os suplentes foram: Ariovaldo Sponchiado, Ari Lando, Antonio Bonai e Almir Biasus.
10º Prefeito: Anelsi Cezar Danielli assume novamente em 01/01/2001 a 31/12/2004 com o vice Valdemir Ângelo Westerich, tendo no legislativo Baltazar N. Sponchiado, Noeli dos Santos, Vito Gubert, Pierina S. Sponchiado, Dilvan C. Palla, Mario Waess, Erony Salete Bonan Tomazzoni, Nilso Sbruzzi e Amarildo Gubert. Os suplentes que assumiram foram: Almir Biasus, Darlei Bonai, Sezer C. Bronoro, José da S. Ribeiro, Erico dos Santos, Gilberto Julian, Jair T. dos Santos, Osmar Ravarena, Olívio Pergher e Alciro Bertol.
11º Prefeito: Valdemar Lorenzetti reassume o governo pelo período de 01/01/2005 até 31/12/2008 com o Vice José Paglia, tendo no legislativo os Vereadores; Celso Carlos Izotton, Darlei Bonai, Volnei Lando, Celso Cavalheiro, Celso Gubert, Claúdio Tiecher, Luiz Carlos Bonan, Sandra Loregian e Vito Gubert. Suplentes que assumiram: Adenir Dias de Almeida, Carmen Raymundi, Cristiano Roberto Pierog, Nilson Sbruzzi e Valdir Antunes da Cruz.
12º Prefeito: Amarildo Paglia assumiu o governo municipal em 01/01/2009 a 31/12/2012 com o Vice Abilio Gubert, tendo no legislativo os Vereadores: Alan Felippe, Amarildo Luiz Gubert, Carmem Raimundi, Caroline Batista, Claudio Tiecher, Dilvan Carlos Palla, Osmar Ravarena, Volnei Lando, Wilson Frozza. Suplentes que assumiram: Adenir Dias de Almeida, Luiz Carlos Bonan, Luiz Carlos Zardinello, Sandra Mara Loregian.
13º Prefeito: Amarildo Paglia assume novamente em 01/01/2013 a 31/12/2016 com o Vice Abilio Gubert, tendo como Vereadores: Adair João Zape, Alan Felippe, Alex Brandalise, Amarildo Luiz Gubert, Caroline Batista (Renunciou), Eloi Danielli, Idemar Paulo Farina, Jucenilse Strapazzon, Junior Lando e Wilson Frozza. Suplentes que assumiram: Carmen Raymundi e Sandra Mara Loregian.
14º Prefeito: Volmir Felipe assume o governo municipal para o período de 01/01/2017 a 31/12/2020 com o Vice Celso Gubert, tendo como Vereadores: Ademir Antonio Ortiz, Carmen Raymundi, Edivaldo Marques, Elielson Presotto, João Carlos Santana Gusberti, Junior Lando, Silvano Eleutério de Souza, Terezinha Danielli Lorenzetti e Wilson Frozza. Suplentes que assumiram: Dilson João Berté.
15º Prefeito – Volmir Felipe reeleito para ficar frente aos trabalhos do Poder Executivo Municipal para o período de 01/01/2020 a 31/12/2024, tendo como seu Vice, Celso Gubert. Na câmara de vereadores os seguintes formaram o Poder Legislativo Municipal: Daniel Marcos Berté, Gean Gazziero, Junior Celso dos Santos, Leandro Carvalho, Luiz Adelmo Miguel Romani, Maicon Berté, Mariaelena Marini Ribeiro, Robson Bazi e Wilson Frozza. Suplentes que assumiram: Pedro da Silva Neto, Vanda Gregianin.
Localização
Vargeão é um pequeno Município localizado no Alto Vale do Rio Irani, região Oeste do Estado de Santa Catarina. Limita-se ao Norte com Abelardo Luz, ao Sul com Ipumirim, ao Leste com Ponte Serrada e Passos Maia e ao Oeste com Faxinal dos Guedes.
Pertencente à região da AMAI – Associação dos Municípios do Alto Irani, a população do Município, de acordo com os últimos dados é de 3.590 habitantes.
Gentílico: Quem nasce em Vargeão é chamado Vargeonense.
Economia
A base econômica do Município é constituída pela agricultura, pecuária, comércio e indústria. A primeira está representada pela agricultura mecanizada de médio porte e de pequenas propriedades rurais. Na pecuária, rebanhos de suínos, bovinos e aves, além do gradativo aumento da produção leiteira que vem a contribuir para o desenvolvimento econômico do município. O comércio está caracterizado pela compra e venda de produtos coloniais, confecções e gêneros alimentícios. Na indústria conta com as extrativas, tendo como principal produto à madeira e a erva-mate.
Características geográficas:
Área geográfica: 166,64 km quadrados
Acidentes geográficos: 31% terreno acidentado, 63% terreno ondulado, 6% terreno plano.
Bacias hidrográficas principais: Rio Chapecozinho, Rio Ressaca e Lajeado Barra Grande.
O município possui solos do tipo Erechim, Ciríaco, Charrua e Catanduvas.
O clima é do tipo úmido, sem estação seca, a temperatura média de verão 20° e no inverno é de 3° acima de zero.
A precipitação pluviométrica anual é de 195 mm/ano, sendo os meses de maior ocorrência de abril a junho e os de menores, em dezembro, janeiro e fevereiro. A altitude máxima é de 750 metros, a latitude é de 26°51″18 e a longitude é de 52°07″42.
Domo de Vargeão
O Domo de Vargeão é um dos raros exemplos de astroblemas em território brasileiro. Localizada na Região Oeste do Estado de Santa Catarina, esta notável e única depressão circular possui aproximadamente 12 quilômetros de diâmetro. Essa estrutura explica a presença dos arenitos em superfície, cerca de 1000m acima de sua posição estratigráfica normal, podendo ser interpretada como a expressão do núcleo central soerguido da estrutura de impacto do Domo de Vargeão. Os principais afloramentos de arenitos no interior da estrutura se encontram bem expostos.
A cidade de Vargeão está localizada numa pequena parte da borda sul do imenso “Domo”. As crateras brasileiras, embora em pequeno número, continuam sendo fonte de estudos e pesquisas, a de Vargeão já foi comprovada como uma cratera de impacto formada por colisão meteorítica, fenômeno geológico relativamente raro.
As crateras terrestres vêm sendo identificadas e estudadas recentemente pelos geólogos, muitas já foram identificadas, sobrevivendo apenas as maiores, devido à erosão. Deste modo, a caracterização do Domo de Vargeão, em todos seus aspectos geológicos, reveste-se de importância por se tratar de uma das poucas estruturas de impacto terrestre de grande porte, formadas em rochas vulcânicas de composição basáltica.
Atualização Agosto de 2017.